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AMY WINEHOUSE
25/07/2011 - 14h49m

AMY  WINEHOUSE

Estamos agora chocados, apesar de nem tanto surpresos assim, com a notícia da morte da jovem e grande cantora Amy Winehouse.

Penso que estamos chocados porque é sempre difícil a gente pensar, aceitar, digerir sobre aquilo que nos parece estranho de entender. E ao mesmo tempo, é justamente porque de alguma forma entendemos o que estava lhe acontecendo que não estamos assim lá tão surpresos.

A mídia nos coloca a frase “tragédia anunciada” e aí a gente fica se perguntando: não dava para alguém ter feito alguma coisa? Não dava para a tragédia anunciada ter sido evitada? Quem poderia ter salvo Amy Winehouse?

Pensando que a notícia da morte dessa jovem cantora veio veiculada junto à outra tragédia, estou falando sobre a morte de quase uma centena de pessoas na pacífica Noruega, morte essas causadas , em princípio, por um jovem atirador confesso, que diz saber da atrocidade de seu ato mas também da necessidade de tê-lo praticado, fico me perguntando o que talvez o mundo esteja se perguntando também: O que está acontecendo com essas pessoas?

Porque chocadas ou não, surpresas ou não, há inúmeras famílias enterrando seus jovens e nesse ato não podemos simplesmente virá-los às costas,deixá-los sós com suas dores, porque querendo ou não, gostando ou não, nossos telhados são sempre de vidro, não é mesmo?

 Se não sabemos exatamente o que está  acontecendo com essas pessoas, talvez também não saibamos o que está acontecendo com as pessoas ao nosso lado.

Pulsão de Vida versus Pulsão de Morte já era assunto para Freud no começo do século passado, onde ele dizia de ser possível às pessoas um enorme e intenso conflito interno, com raízes bem mais profundas que o sujeito possa imaginar - mas que não se furta em sentir.  Onde ele  possa tentar se moldar, controlar, superar, mas não sem uma grande dose de angústia e desespero.

Falando em “dose” de angústia e desespero, voltemos às essas mortes anunciadas ou não, desejadas ou não, onde em nome de pequenas ou grandes causas se põe fim a algumas coisas. Podemos sempre nos perguntar sobre o que essas pessoas queriam calar, não só no mundo externo, mas, e principalmente  em si mesmas.

Temos então que a princípio poderíamos perguntar: Quem poderia ter salvo Amy Winehouse, quem poderia ter salvo os jovens noruegueses? Quem poderia ter salvo o assassino, ou assassinos, desses jovens?

 Mas penso que se quisermos mesmo ter respostas mais pretensamente verdadeiras e reais, devemos nos perguntar sempre sobre “quem pode ser salvo de si próprio, dos seus medos, angústias e desesperos”? E desse modo, podemos tentar entender que nenhuma tragédia começa no dia que ocorre, mas bem antes, lá atrás, no começinho mesmo de tudo, como o atualíssimo Freud já anunciava. Não se muda um passado doloroso, mas se constrói através da análise, algo possível de se superar, conviver internamente, algo que mereça futuro.






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