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Maraisa Reis Ramos Abrahão (1962) é psicanalista, com formações em Direito e Psicologia.
Atua em seu consultório em Belo Horizonte, onde atende famílias, casais e individualmente.
Em 2009, apresentou o trabalho “Distimia e Laço Social” na XXVII Jornada de Psicanálise do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais, onde formulou a hipótese de “apesar da possibilidade estrutural, ser muito difícil ao distímico fazer laço social – em função de seus sentimentos de desesperança, mau-humor e depressão crônicos”.
Em sua clínica de família, trabalha a noção de vínculo entre os sujeitos, por considerar o sujeito do inconsciente não apenas como sujeito da pulsão, mas como o sujeito de herança, uma vez que sua subjetividade está instituída por identificações adquiridas no seio de uma matriz familiar - que lhe outorga lugares, que lhe estabelece ideais e que pressupõe conflitos. Conflitos entre gerações, entre irmãos, entre pais e filhos. Começamos a ser antes de nascer.
O que esperam de mim, o que eu pretendo ser, e o que eu imagino pensarem que sou. O sujeito é constituído simultaneamente pelo que o determina na origem de sua vida e pelo que realiza ao longo de sua caminhada com os outros – somos sujeitos de herança – e elos numa cadeia geracional, onde recebemos e passamos conteúdos psíquicos. Dificuldades nas relações afetivas e nas escolhas profissionais passam por aqui. |
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